Este poema foi gestado feito uma gravidez, durou muito tempo, muito mais que nove meses. E este poema fala de mim, dos meus movimentos internos, tão intensos. Também nasceu durante a pandemia, em Brasília. de mim comigo mesma olho e me vejo paisagens estranhas perspectivas abissais de mim comigo mesma sinto que o novo virá está ainda em gestação cuido dele com carinho de mim comigo mesma a criança olha e sou eu diante de um sol radiante olhos enxutos e molhados de mim comigo mesma o meu espaço se amplia minhas lágrimas surgem estou viva de mim comigo mesma me fortaleço no espaço interior façanha de mim mesma quantas Ana há de existir em mim? de mim comigo mesma desperto o novo em mim olho o sol sacudo a poeira e sigo de mim comigo mesma deixo ir e ficar com o que deve permanecer de mim comigo mesma * * * * * Ce poème a été fait comme une grossesse. Il a duré longtemps, beaucoup plus que neuf