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Affichage des messages du janvier, 2015

claridade / clarté

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claridade do dia clarão da noite correm nos nossos poros a nos contemplar fumaça que cega flor que cura suor que afugenta estamos todos a caminhar cisterna repleta de choros antigos abre-se ao sol do nosso luar e assim vamos cantando nosso cantar   © Ana Rossi clarté du jour éclat de la nuit courent dans nos pores et nous contemplent fumée qui aveugle fleur qui guérit sueur qui fait fuir nous sommes tous en marche citerne pleine d’anciens pleurs s’ouvre au soleil de notre clair-de-lune et ainsi, allons chantonnant notre chanson

na estrada / sur la route

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derrubada na estrada a cantilena acordada segue seu rumo despertada na alvorada voando desesperada a canção encontra seu lugar o vermelho se torna azul o branco se abre no verde passos de ontém purificam o meu ser os de hoje prepararão o amanhã na soleira da porta a canção encontra seu lugar prestigiando o movimento o vermelho escolhe ser azul o registro segue torto na imensidão do sul © Ana Rossi laissée sur la route la chansonnette éveillée suit son chemin réveillée par l’aurore volant désésperée la chanson trouve sa place le rouge devient bleu le blanc s’ouvre au vert des pas d’hier purifient mon être ceux d’aujourd’hui prépareront demain au seuil de la porte la chanson trouve sa place prestige du mouvement le rouge choisit être bleu le registre suit tordu dans l’immensité du sud

na tonga da mironga do kabuletê / dans la tongue de la mirongue du kabouletê

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na tonga da mironga do kabuletê vinícius de moraes canta com toquinho eu saio da fossa, xingando em nagô eu que leio e não sei, eu que rezo e não creio, eu que entro e não caibo,  no brasil dos anos setenta a tonga da mironga do kabuletê veio do mercado de salvador, ficou nos ouvidos, da vida do brasil, e hoje, com a sonoridade a tonga da mironga do kabuletê viaja, e se perde nas entrelinhas do nosso brasil, nosso brasil brasileiro, aquarelado, cantado nos versos por todos nós, na tonga da mironga do kabuletê ouvimos sons que se tornaram nossos profecias transplantadas aqui pelo atlântico desabrochadas aqui, no terreiro do brasil, onde elas são o que são, na tonga da mironga do kabuletê   © ana rossi dans la tongue de la mirongue du kabouletê vinícius de moraes chante avec toquinho je broie plus du noir, je gueule en nagô moi qui lis, et ne sais pas, moi qui prie, et ne crois pas, moi qui entre, et ne rentre pas,

silêncios catados ao vento / silences pincés dans le vent

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silêncios catados ao vento sopram sobre meu ser silêncios repletos de ventos sopram sobre o meu ser andanças de antes se misturam às de agora e na noite do ano sigo meu caminho indo nos caminhos por onde andei muito me cansei hoje, já descansei e seguirei assim nos silêncios catados ao vento nas andanças de hoje nos caminhos por onde andando vou © Ana Rossi silences pincés dans le vent soufflent sur mon être silences remplis de vents soufflent sur mon être chemins d’avant se mélangent à ceux d’aujourd’hui et dans la nuit de l’an je suis mon chemin en allant dans les chemins où je marchai fortement je me fatiguai aujourd’hui, déjà reposée je suivrai ainsi dans les silences pincés dans le vent dans les chemins de maintenant, des chemins où, marchant, je vais