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Affichage des messages du juillet, 2019

vejo um pouco mais / je vois un peu plus / veo un poco más / i see a little more

poema escrito em Julho de 2019, Brasília, DF, Brasil  a venda dos meus olhos caiu a venda dos meus olhos sumiu agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos encolheu a venda dos meus olhos escolheu não mais vedar minha face agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos é sábia a venda dos meus olhos é ávida para me deixar ver agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos pulou para além de mim agora vejo melhor Ce poème a été écrit et traduit à Brasília, après un rêve où le cache de mes yeux tombaient. Je me suis réveillée en me disant: "je vois un peu plus", le premier vers du poème.  poème écrit en juillet 2019, Brasília, DF, Brasil  le cache de mes yeux tomba le cache de mes yeux fila maintenant je vois un peu plus le cache de mes yeux raccourcit le cache de mes yeux choisit ne plus me voiler la face maintenant je vois un peu plus le cache de mes yeux est sage le c

dona anita

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© ana rossi conheci dona anita de nome um nome lindo diminutivo dos mais preciosos que começa com a letra “a” dona anita é uma senhorinha cheia de vida cheia de amor cheia de querência dona anita já viveu uma vida longa e continua pronta para as amizades para as solidariedades para as emoções para as sensações dona anita ama a vida estimando-a desde sempre esbelta em seus 90 anos de idade dona anita tem muito a ensinar dona anita é o que seremos um dia uma noite naquela da qual não nos recordaremos mais mas que seguramente viveremos nos fios dos oceanos nos meandros das estrelas nas beiradas das luas nas correntezas de nós mesmas dona anita © ana rossi j’ai connu dona anita de nom un joli nom diminutif des plus jolis qui commence par la lettre “a” dona anita est une petite dame emplie de vie emplie d’amour emplie d’envies dona anita a déjà vécu une longue vie et elle est encore p

outra narrativa social / narration sociale autrement / otra narración social / social narrative

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© ana rossi eles começaram urrando eles continuaram usurpando eles seguiram desrespeitando eles prosseguiram dilapidando e os outros começaram trancados e os outros continuaram acuados e os outros seguiram amuados e os outros prosseguiram aterrorizados eles se sentiram vitoriosos eles com seus discursos desonrosos eles com seus acessórios exitosos eles com seus mitos ignominiosos e muitos ficaram olhando e muitos continuaram mirando e muitos conservaram-se em silêncio e muitos demoraram-se sem chão aí irrompeu um rugido tão grande mas tão grande que todos se calaram foi um grito potente e sem medo o silêncio fez-se e, pela primeira vez, eles tiveram que ouvir calados sem voz abismados perdidos enraivecidos outra narrativa no horizonte... © ana rossi ils commencèrent par hurler ils continuèrent par usurper ils poursuivirent par être irrespectueux ils perséverèrent dans la dilapidation et les autr