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eu... plural / moi... plurielle / yo... plural

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Este poema fala de um "eu plural", um "eu feminino", que já assumiu várias identidades, e que não se deixa moldar pelo que "deve ser feito", mas luta para assumir todas essas identidades, passo fundamental para nos tornarmos o que devemos ser nessa vida.  (poema escrito em português, em 2018, Brasília, DF, Brasil) já fui santa, já fui anja, já fui puta, já fui ultra, já fui rainha, já fui escravinha, já fui dona do meu beleléu já fui peixe, já fui árvore, já fui abelha, já fui mel, já fui pedra, já fui âmbar, já fui empresa do meu painel já fui safa, já fui trouxa, já fui onda, já fui breu, já fui esta, já fui aquela, e mais aquela outra do meu sarapatel e hoje... hoje sou poeta, hoje sou esteta, hoje sou anel do solo meu, hoje sou esta, e um pouco aquela, no mais nobre sentido do eu © ana rossi Ce poème se réfère à un "je pluriel", un "je féminin" qui a déjà vécu plusi

dizer e desdizer / dire et ne pas dire / decir y no decir / to say and not to say

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Este poema fala das contradições que movem nossos atos, nossas palavras, nossas vidas, entre o aqui e o momento seguinte. Ás vezes, somos pura contradição.. .  poema escrito em 29/09/2019, Brasília, DF, Brasil @enrique huelva dizer e desdizer... fazer e não fazer... diz e não diz... vai e não vai... parece mas não é... é mas não parece... o que é móvel e duro... o fixo e o solto... o volátil e o constante... o duro mole... o mole duro... o que era... não é mais sintomas de nós coletiva-mente balburdia-mente sensacional-mente narrativas em jogo vamos e sabemos que não sabemos mais para onde mudanças em nós mudanças em mim ser e não ser... ao mesmo tempo @enrique huelva Ce poème parle des contradictions que meuvent nos actes, nos paroles, nos vie, entre le ici et le moment suivant. Des fois, nous sommes pure contradiction... . poème écrit le 29/09/2019, Brasília, DF, Brésil dire et ne pas dire..

no olodum / dans l'olodoum / en el olodum / at the olodoum

Este poema foi escrito em homenagem ao grupo Olodum da cidade de Salvador da Bahia ( https://olodum.com.br/ ), após uma visita. Em particular, foi redigido após um maravilhoso show/ensaio do grupo Olodum. poema escrito em julho de 2019, Salvador, BA, Brasil.  ensaio do olodum olodum ensaiar no olodum naquele domingo no pelourinho cintura frouxa corpo bailado abençoado afeiçoado amarrotado acalentado pelas vozes dos cantores pelo som da bateria aquilo que voa encanta aquilo que soa ama ensaio do olodum respiração em movimento o olhar esmero puro refinamento emoção sensação histórias contadas do povo da senzala que afinal criou asas de perfeição ensaio do olodum o ritmo sacode o meu corpo gotejo de chuvas na tarde que cai ensaio do olodum ouço os tambores no meu corpo ouço as vozes soar ouço as vozes cantar refrão apaixonado pelo olodum Ce poème a été écrit en hommage au groupe Olodum ( https

vejo um pouco mais / je vois un peu plus / veo un poco más / i see a little more

poema escrito em Julho de 2019, Brasília, DF, Brasil  a venda dos meus olhos caiu a venda dos meus olhos sumiu agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos encolheu a venda dos meus olhos escolheu não mais vedar minha face agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos é sábia a venda dos meus olhos é ávida para me deixar ver agora vejo um pouco mais a venda dos meus olhos pulou para além de mim agora vejo melhor Ce poème a été écrit et traduit à Brasília, après un rêve où le cache de mes yeux tombaient. Je me suis réveillée en me disant: "je vois un peu plus", le premier vers du poème.  poème écrit en juillet 2019, Brasília, DF, Brasil  le cache de mes yeux tomba le cache de mes yeux fila maintenant je vois un peu plus le cache de mes yeux raccourcit le cache de mes yeux choisit ne plus me voiler la face maintenant je vois un peu plus le cache de mes yeux est sage le c