ana-rossi_poesia

para  gwendolyn brooks você se lembra dos filhos que teve que não teve aqueles dos olhos dourados negros azuis e brancos aqueles que ficaram... ali você se lembra dos filhos que teve que não teve naquele dia naquela hora em que sozinha você optou... sem apoio sem amigo sem amor e assim foi você se lembra dos filhos que teve que não teve acordando sozinha ninguém à sua espera sozinha com a mágoa apertada e o silêncio no coração você se lembra dos filhos que teve que não teve dia cru dia rua dia lua você vagou e nunca mais voltou a ser a mesma você se lembra eles vivem em você       © ana rossi pour gwendolyn brooks tu te souviens des enfants que tu eus que tu n’eus pas ceux aux yeux dorés noirs bleus et blancs ceux qui restèrent... là tu te souviens des enfants que tu eus que tu n’eus pas ce jour-là cette heure-là où seule tu choisis... sans appui sans am

vestida de azul branco preto púrpura ou vermelho mãe-guerrilha atua nos corredores nos elevadores nos bastidores de nós mesmas cintilante e exuberante ela irradia algo como compaixão decisão percepção orientação segura de si e quando vai embora (nunca vai embora) trilha luminosa suntuosa ela em nós © ana rossi habillée en bleu blanc noir pourpre ou rouge m'man-guerrilla agit dans les couloirs dans les ascenseurs dans les coulisses de nous-mêmes scintillante et exubérante elle irradie quelque chose comme compassion décision perception orientation sûre de soi et quand elle s’en va (jamais ne s’en va) empreinte lumineuse somptueuse elle en nous © ana rossi vestida de azul blanco negro púrpura o rojo mamá-guerrilla actúa en los pasillos en los ascensores en los bastidores de nosotras mismas brillante y exuberante ella irradia algo co

naquela noite estupida-mente acordei e vi eu mesma indo embora de mim mesma os mesmos gestos gostosos feiosos amorosos para sempre sem fim e no final não tenho mais angústia apenas a lucidez do que acabou descolou de mim estou em mim eu em mim    © ana rossi cette nuit-là stupide-ment je me réveillai et vis moi-même m’en allant de moi-même les mêmes gestes doucereux affreux amoureux pour toujours sans fin et à la fin plus d’angoisse juste la lucidité de ce qui s’est fini décollé de moi je suis en moi moi en moi                                                                          © ana rossi     esta noche estúpida-mente me desperté y miré yo misma irme sola de mí misma los mism