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gesticulação / gesticulation / ñemomýi (guarani) / ЖЕСТИКУЛЯЦИЯ (russo)

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Este poema fala da escrita poética, do tempo que se esvai, do tempo necessário para escrever mental e fisicamente o poema. poema escrito em Avignon, França, em 07 de junho de 2008 poema traduzido em Brasília, DF em 19 de abril de 2020 gesticulação epidérmica sopro na memória estarrecida gesticulo e nada mais falo gesticulo e me calo para escrever no tempo que se esvai o tempo que se esvai solidão sem tempo sem ardor nem sentimento solidão descoberta no nada de tudo no nada do dia da noite foi ontem foi hoje gesticulação se desintegra resta a escrita que borda o tempo © ana rossi Ce poème parle de l’écriture poétique, du temps qui s´écoule, du temps nécessaire pour écrire mentalement et physiquement le poème. poème écrit à Avignon, France, le 07 juin 2008 poème traduit à Brasilia, DF/Brésil, le 19 avril 2020 gesticulation épidermique souffle dans la mémoire consternée je gesticule et ne dis plus rien

página em branco / page blanche

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poema escrito em 06 de maio de 2008, na cidade de Avignon, França. Este poema fala do ato de escrever, eterno recomeço da página em branco, apesar de tudo o que já foi escrito, nada foi escrito. E assim, nós, poetas, seguimos, re-começando sempre a escrever a página em branco. quando da procura nasce a escuridão de tudo desliza sobre o papel a mão imaginária perda de sentido onde estréia o amanhã visível na memória farta de nada músicas ao vento vão e retornam fatalidades do mundo (avesso /aceso) temporalidades escritas na página ainda em branco sempre em branco convulsões escondidas no futuro presente eletricidade no ar puro do amanhã cinzento e a página em branco flutua no começo de tudo florilégios de um tempo ainda vigente florilégios do tempo que se esvai e que não é mais tempo tempo de página em branco onde o tempo não é nada significação oscilante de vidas passadas escondidas na brancura do papel soluções inéditas

minha poesia, meu bem-estar / ma poésie, mon bien-être

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Ao longo dos anos, e principalmente agora com a pandemia, trancada em casa, entendo que cada um dos poemas tem a ver com o meu bem-estar pessoal. Quando estou em sintonia comigo mesma, quando estou bem, quando estou com o que acredito, com o que faço, com o que existe dentro de mim, então a poesia jorra de dentro de mim, e pulsa no mundo. poema escrito em 02-04-2020, Brasília, DF, Brasil acordo mais feminina com vontade de me arrumar colocar uma fita no cabelo e sair para dançar acordo mais feminina ouço belos traços no ar quando acordo pela manhã ouvindo o que há dentro de mim a cantar acordo mais serena com frases belas algumas obscuras outras imensas que deixo me cortejar são versos meus versos de minha autoria versos que me fazem bem para recriar e para repensar acordo mais feminina acordo mais intimista acordo mais bonita e fico mais bela no olhar © ana rossi Tout au long des années, mais principalmente mai