Messages

Affichage des messages du juin, 2018

o desenho é complexo / le dessin est complexe

Image
o desenho é complexo nas entrelinhas dos tecidos tecidos por mim sempre por mim desvendo formas que já esqueci e encontro buracos e encontro pétalas esquecidas  por mim mas tudo está là no desenho complexo meandros e linhas retas motivadas por razões - absolutas na época - imponderáveis naquela época que já esqueci sei que pulsam em mim o desenho é complexo e no meu dia-a-dia descubro partes de mim então vedadas à minha razão pétalas de suor e sangue pétalas de lágrimas pétalas de amor pétalas para o amanhã pétalas do devir que virá e será para mim  para todos   © ana rossi le dessin est complexe toiles d’ombre et de lumière conspiration et inspiration complexe est le dessin de ma vie dans les entrelignes des tissus tissés par moi toujours par moi je dévoile des formes déjà oubliées et je trouve des trous et je trouve des pétales oubliées de moi mais tout est là dans le dessin complexe des méandres et de

tapeçaria de nossas vidas / tapisserie de nos vies

Image
“A tapeçaria das nossas vidas é tecida com fios muito antigos, e o desenho é complexo”.  (Edith Fiore, 1979) nos meus dedos sinto a tênue tapeçaria de minha vida tapetes de todas as cores surgem feito flashes diante de meus olhos abertos εγώ  / eu agora?  εγώ  / eu ontém?  εγώ  / eu anteontem?  εγώ  no tecido dos milênios trazendo  a cada vez a trama daquilo que foi para ser elucidado e apaziguado neste novo cenário  com antigos conhecidos  dos quais a minha razão não se recorda mais nas minhas veias sinto a tênue esperança  da minha vida que pulsa  água  feito rio  feito mar  feito água que doo a mim mesma que doo aos outros tapeçaria que teço  novamente e sempre em mim © ana rossi « La tapisserie de nos vies est tissée avec des fils très anciens et le dessin est complexe. »  (Edith Fiore, 1979) dans mes doigts je sens la fine tapisserie de ma vie tapis de toutes les couleurs appa

falar de mim, falar de água / parler de moi, parler d'eau

Image
como falar de mim mesma água que sou como definir a mim mesma se sou tão imensa imersa em tantos corpos tão diluída e uma só como falar da minha fala se não tenho boca para falar mas tenho saúde para dar como falar dos meus ouvidos se não tenho ouvido para escutar mas tenho sons para provocar como falar dos meus olhos se não tenho olhos para ver mas tenho imagens para oferecer como falar nas minhas mãos se as minhas mãos são todas as mãos do mundo aquelas que nem sabem que são mãos de água mães de água como falar dos meus pés se não tenho pés para caminhar e portanto caminho por esta terra toda este planeta azul de tanta água que nutre o que está em cima e o que está abaixo nutre o que está no sol e o que se esconde no interior da terra como falar do meu pensar se não tenho pensar mas tenho o mundo para agir e imaginação para dar como falar de mim sem pensar no ser humano que faço nascer alimento sust