encantamento 13: boitatá / enchantement 13: boitatá, le serpent
um dia, na calada da noite, começou a chover, a chuva foi tanta, e durou tanto tempo que o dia não amanheceu mais, e tudo ficou escuro, o silêncio tomou conta do mundo inteiro... aí, ouviu-se um barulho, a chuva caiu, caiu, e foi tamanha água que os rios subiram e inundaram a floresta... mas, sem nadar, era morte na certa, a correnteza faria o resto, mas uma cobra se escondeu num buraco, e escapou do aguaceiro; na falta de luz, seus olhos cresceram, seu corpo longo perdeu a cor, e ela ficou transparente ! depois de muito, muito, muito tempo, o sol reapareceu, o dia clareou, o céu azulou, e a água abaixou; a cobra quis sair da toca onde ficara escondida de todo aquele aguaceiro ; mal ela colocou a cabeça para fora, ela voltou para o esconderijo, ela não conseguia abrir os olhos que tinham ficado enormes ; saia à noite apenas para caçar ; era a cobra grande boitatá! © Ana Rossi un jour, au creux de la nuit, il commença à ple