nosso guaraná ! há muitos anos atrás, muitos anos mesmo, havia muita fome numa aldeia de índios, não chovia há muito tempo, e a seca estava lá, as árvores não davam nem mais um coco! os pássaros não cantavam mais ; nos rios, mais nenhum peixe, e nas matas, tudo era silêncio, aí, nasceu um curumim de olhos redondos ; e as árvores se esverdearam, os peixes voltaram ! e o curumim cresceu, cresceu, muito amado, mas jurupari, o espírito do mal, muito cruel, não estava nada feliz ; todos contentes ? era preciso acabar com toda aquela felicidade ! e o curumim foi à floresta colher frutos, foi andando, andando muito distraído, e brincou com os filhotinhos do tatu, do bicho-preguiça, e, traiçoeiro, jurupari, virou cobra, e o mordeu ! deram falta do curumim ; procuraram por toda parte ; e depois o encontraram deitado no chão, sem vida ; parecia dormir ; quando o encontraram veio um grande trovão, tupã ! e choveu, choveu, choveu, sem parar di